Não é qualquer franquia que consegue emplacar sete filmes, até mesmo nosso querido Rocky Balboa só tem seis filmes. Velozes e Furiosos é a franquia em que os críticos de plantão adoram descer a lenha, e ficam procurando cada centímetro de defeitos possíveis, coisas como longo demais, absurdo implausível, uma bobagem sentimental e confuso são algumas das bobagens que podemos encontrar em alguns sites.
Uma das coisas que fiz para assistir esse filme, e recomendo a quem quiser testar foi fugir de qualquer notícia envolvendo o filme antes de assisti-lo, vi apenas uma vez o trailer e nada mais. Fugi de qualquer informação, fotos, bastidores e qualquer coisa relativa. E garanto que a sua experiência com o filme será muito melhor, por exemplo fui surpreendido com a presença do nosso amigo Kurt Russel. Também estou fazendo o mesmo para Vingadores: Era de Ultron - (2015) e recomendo. Até mesmo se você está lendo esta matéria e ainda não viu o filme pare e assista o filme primeiro.
Depois de quatorze anos desde do lançamento do primeiro filme Velozes e Furiosos (2001), uma coisa é certa a franquia tem sobrevivido indiferente a crítica. O mais importante é que Velozes e Furiosos chega a sua sétima edição trazendo tudo que os fãs desejam, ação vertiginosa, tiros, MMA, artes marciais, drones, helicópteros e muita destruição. Velozes e Furiosos 7 (2015) acaba se tornando o melhor de toda a franquia.
A adição de Jason Statham como Deckard Shaw que busca vingança pelo que foi feito a seu irmão no filme anterior, foi brilhante. O melhor vilão de toda a franquia Velozes e Furiosos, as vezes soa um pouco estranho, porque estamos acostumados a torcer a favor dele na franquia Mercenários, e agora temos que torcer contra. Do mesmo jeito que Mel Gibson deu uma aula de vilania em Os Mercenários 3 (The Expendables 3, 2014), agora foi a vez de Jason Statham fazer seu vilão implacável e ruim até o último osso.
O combate entre Jason Statham e Dwayne Johnson (Hobbs) apesar de curto, faz todo fã de ação brucutu vibrar. O diretor James Wan que muitos achavam que não ia dar conta do serviço, ainda conseguiu inovar com novas tomadas de câmeras para as cenas de lutas.
A aparição de Kurt Russell (Mr. Nobody) da aquele toque saudosista, para nós que somos fãs de Russel, mas na minha opinião quem deveria estar lá era Burt Reynolds o primeiro "veloz e furioso" do cinema com seus filmes Agarre-me se Puderes (Smokey and the Bandit, 1977) e Desta Vez Te Agarro (Smokey and the Bandit Part 2, 1980) fazia a alegria da sessão da tarde de muita gente, imagina se aparece o Pontiac Trans Am 1977 na franquia Velozes e Furiosos !!!. O mais engraçado é você saber que está envelhecendo junto com os personagens, quando vê que piadas como a U Can't Touch This e a do Lou Ferrigno passam batidas pela maioria das pessoas que estão no cinema.
Um ponto positivo foi o maior destaque da personagem Letty de Michelle Rodriguez, tanto emocionalmente como em lutas, ela já tinha encarado Gina Carano em "Velozes e Furiosos 6", e agora ela sai na porrada com ninguém menos que a estrela do UFC Ronda Rousey, é porrada furiosa para ninguém botar defeito. (Olha e vê se aprende Paul W.S. Anderson !!!).
E nosso amigo Tony Jaa? ...que tantas resenhas teve neste blog, como já tinha dito em outra matéria, quando um artista marcial do calibre de Tony Jaa chega em hollywood a coisa muda de figura. Em Velozes e Furiosos 7 ele entra mudo e sai praticamente calado, mas mesmo assim ele ainda consegue mostrar um pouco de sua arte, vamos aguardar para que "Velozes 7" seja seu passaporte para filmes maiores.
Fica difícil também de não fazer comparações entre Velozes 7 e a franquia James Bond atual, a franquia James Bond ditava as regras do cinema de ação no passado, e agora parece que vai ter que assistir muito Velozes e Furiosos 7 para buscar idéias, se bem que eles já andam copiando tudo que podem.
Em Velozes e Furiosos 7 temos uma bela cena estilo James Bond com a atriz Nathalie Emmanuel (Ramsey) saindo do mar numa praia em Abu Dhabi, nos remete direto para a cena de Ursula Andress no filme Dr No (1962) ou até mesmo a de Halle Berry em Um Novo Dia para Morrer (2002). Se Jason Statham como Deckard Shaw é um Black-ops britânico em Velozes 7 e ainda usa um Aston Martin, fico imaginando a surra que ele daria no James Bond de Daniel Craig !!!!.
E a grande homenagem a Paul Walker que um critico chamou de bobagem sentimental, mostra que ainda existe um coração em hollywood, foi uma bela homenagem. Confesso que fiquei com receio do que ia ser feito, porque me vem logo a memória quando Bruce Lee morreu e fizeram a revelia Jogo da Morte (Game of Death, 1978), na época a forma de colocar Bruce no filme foi imprimir uma foto colar numa cartolina e filmar assim mesmo. Em algumas versões usaram até filmagens do enterro oficial de Bruce Lee sem autorização e colocaram no filme.
Então quando um homenagem como a de Paul Walker é feita com cuidado e carinho de todos se torna aqueles raros momentos, em que a vida real e a ficção se cruzam de forma triste mas mesmo assim foi um belo adeus parceiro.
1 comentários:
Burt....faz falta e seria uma bela apariação mesmo!
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