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domingo, 5 de março de 2017

Logan (2017) - É um filme adulto que muda e quebra todas as regras de filme de super heróis.


Uma frase já define esse filme "No mundo real as pessoas morrem". 

Parece que foi ontem em que eu estava indo ver o primeiro filme do X-Men no cinema, mas quando se para um pouco para calcular lá se vão 17 anos. Logan é um desse raros momentos em que personagem e fã se misturam. Ver o tempo passar junto com o personagem e junto com os atores que envelheceram fazendo esses personagens, é algo diferente. 

O mundo do cinema e principalmente dos filmes de super heróis parecia estar indo por um caminho colorido e seguindo todos a mesma forma e cartilha, mas o filme Logan é um soco no estomago em tudo e todos. É um filme adulto que muda e quebra todas as regras de filme de super heróis. 

Logan tem um clima que faria o diretor Sergio Leone orgulhoso se estivesse vivo, Jackman e o diretor James Mangold conseguiram criar um western de heróis, com o que todos os fãs esperam a anos muitas cabeças e membros decepados. Mas não é só na ação que o filme reside, um drama visceral e realista que a muito tempo não se via no cinema, desde Os imperdoáveis (1992) de Clint Eastwood não se vê a jornada de um personagem de forma tão intensa.

Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen) é um show a parte, cada olhar cada explosão de fúria geram as melhores cenas do filme. A última vez pelo menos que eu me lembre de uma menina como figuram tão atuante foi Natalie Portman como Mathilda em O Profissional (1994), mas nada como o que é visto em Logan. 



 Aliás nada em Logan é desperdiçado simbolismos referencias o tema da velhice e juventude. Como o próprio Hugh Jackman disse: “São 17 anos no personagem, mas se alguém me perguntasse o que deveria ver da franquia para poder entedê-lo, eu diria que essa pessoa deveria ir diretamente para Logan, pois foi só com este filme que eu cheguei ao coração de Wolverine. E é muito bom chegar a esta produção sem que ela carregue o estigma de ‘filme de gênero’ ou de ser mais um filme de super-herói. Esta história sobre a formação de uma família é uma carta de amor aos fãs de Wolverine”.

 É o fim de uma era e o começo de outra, é uma despedida tanto de personagem como nossa que acompanha tudo isso a anos. E em todos os sentidos como também para Isaac Bardavid o dublador do Wolverine a 23 anos que também se despede. O filme mostra a todos que não é necessário tudo ser pensado e voltado para venda de brinquedinhos e Mc Lanche Feliz, uma boa história é tudo que precisamos.  Assim como Christopher Reeve ainda é o único Superman de verdade, Hugh Jackman também será o único Wolverine. Fim de uma era para quem acompanha desde do início, mas raramente haverá algo assim no cinema. Parabéns Hugh Jackman.


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